"Non,je ne regrette rien"
O Domingo não é o meu dia da semana de eleição. Na verdade é o mais enfadonho. O mais cinzento mesmo em dia de sol, como hoje, mas com alguma pachorrice , para não dar razão a uma total inércia que me tenta aos domingos, estive a pôr em "dia" alguma música. A que escolhi é de uma senhora com uma voz inconfundivel.Edith Piaf , que nos anos 50, fez furor. As suas canções terão sido cenário de muitos momentos...de amor ou desamor. Não vivi essa época, mas há canções eternas que em todas as épocas podem marcar momentos.
" Non,je ne regrette rien ", não surge hoje por acaso, mas sim, depois da partilha de pequenas experiências e retalhos de vidas.
E,no enlevo da conversa, sacamos lá do fundo, uma canção que nós adoptamos em determinados momentos, como uma tatuagem, guardamos a emoção que nos provocou e até a deixamos permanecer.
Embora a canção, de que falo não tenha sido tatuada num momento feliz, para um dos intervenientes da conversa. Os momentos sentem-se, vivem-se e compõem os retalhos da manta que é a vida de cada um. E, muitas vezes, uma conversa pode espantar os nossos medos e receios, dissipar nuvens negras que ainda anunciam chuviscos .